O contentamento em quaisquer situações, sejam elas boas ou ruins, é um dos ensinamentos dessa epístola.

Por Silvana Coelho – 18/06/2023

No livro de 1ª Timóteo, o apóstolo Paulo ensina várias questões importantes para a Igreja, principalmente em relação aos falsos mestres e às práticas heréticas que desviavam os cristãos da fé.

As cartas a Timóteo (1 e 2), assim como o livro de Tito, são chamadas de epístolas pastorais e teriam sido escritas entre os anos 62 d.C e 67 d.C., segundo informações contidas na Bíblia da Mulher.

Propósito da epístola de 1ª Timóteo 

Em sua 1ª carta a Timóteo, o que o apóstolo Paulo nos ensina? Veja que ele dá diversas diretrizes para que a Igreja de Éfeso se mantivesse firme em seu propósito. Entre elas estão: os deveres dos pastores, a diligência no ministério, as qualificações dos bispos, diáconos e presbíteros; como proceder no culto público, como evitar que a igreja sofra interferência de falsos mestres, além de alertar sobre os perigos da riqueza e de como viver em contentamento.

Em referência ao contentamento, como foi ministrado recentemente pelo pastor Pedro Paulo da igreja CS Church, no dia 11 de junho, a epístola de 1ª Timóteo (6:6-10) reforça a mensagem de Paulo aos cristãos para que estejam contentes mesmo nas situações mais adversas.

Embora seja fácil falar, colocar em prática esse contentamento nos momentos de tristeza, enfermidades, perseguições ou qualquer outro tipo de problema pode ser realmente muito difícil. Contudo, temos sempre que pedir a Deus que nos capacite a cada dia para que a nossa fé se mantenha firme e, assim, possamos chegar a esse contentamento, evitando a lamúria e a murmuração.

Além dessa breve explanação sobre essa epístola, é importante conhecer um pouco mais sobre Timóteo, a quem Paulo endereçou duas de suas cartas. Vamos então entender quem ele era, onde nasceu e como se tornou companheiro de Paulo em suas jornadas missionárias.

O que se sabe sobre Timóteo

Timóteo era um jovem líder da Igreja, seu pai era gentio e sua mãe e sua avó, Eunice e Lóide, respectivamente, eram judias (At 16:1; 2 Tm 1:5). Consta que Timóteo teria sido instruído nas Escrituras desde pequeno. Porém, acredita-se que tenha sido Paulo que o tenha apresentado ao Evangelho, afinal ele era chamado pelo apóstolo como seu “filho espiritual” (1Co 4:17). Timóteo não havia sido circuncidado, mas Paulo o circuncidou para que ele fosse em sua companhia e por causa dos judeus daqueles lugares, afinal todos naquela cidade sabiam que ele era filho de pai grego e mãe judia (Atos 16:3).

Isso significa, que perante os judeus, poderia haver alguma desconfiança quando estivesse em companhia de Paulo falando sobre Jesus nas sinagogas. Entretanto, a partir da circuncisão esse risco estaria afastado.

Onde se localiza a cidade de Listra

Timóteo teria nascido em Listra (Hatunsaray), na Ásia Menor (atual Turquia), distante 750 km de Istambul. Listra foi colonizada por Augusto em 25 d.C. e localizava-se na antiga região da Licaônia, na província romana da Galácia. Para situar melhor o leitor, Listra fica a uma distância de 40 km da antiga Iconium (atual Konya), a 400 km de Tarso, local de nascimento do apóstolo Paulo e a 600 km de Éfeso.

Timóteo, companheiro de Paulo em suas missões

Após a desavença entre Paulo e Barnabé, seu companheiro de viagem, foi Timóteo quem passou a acompanhar o apóstolo nas suas viagens missionárias, conforme destaca o livro de Atos (16:1-3). Timóteo tinha boa reputação como membro da Igreja não apenas em Listra, mas também em Iconium.

Timóteo Foi um obreiro importante naquela região e tornou-se pastor em Éfeso. Viajou com Paulo pela Frígia, Galácia e Mísia; depois Trôade, Filipos e Bereia (Atos 17:14). Seguiu com Paulo para Atenas, sendo enviado junto com Silas para Tessalônica. Posteriormente, encontrou-se com Paulo em Corinto (1Ts 1:1). Enquanto Paulo permaneceu preso em Roma, Timóteo atuava como seu representante visitando as Igrejas.

Essa e outras histórias relacionadas à Bíblia em território turco estão no meu guia “Turquia – Caminhos Cristãos e as Sete Igrejas da Ásia Menor”.

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Uma boa leitura!