Papa pede perdão a protestantes por perseguição católica no passado

Papa Francisco 1Istambul – 28/01/2016 

O Papa Francisco tem mostrado ao mundo o que é ser cristão realmente, começando pelo seu jeito simples e humilde. Esta semana, durante cerimônia na Basílica de São Paulo, em Roma, com a participação de representantes de diversas religiões, Francisco pediu “perdão pelo comportamento não evangélico de católicos perante os cristãos de outras igrejas”. E ainda pediu aos católicos que perdoem aqueles que os perseguiram.

De acordo com o Vaticano, no dia 31 de outubro o papa irá para a cidade sueca de Lund – onde a Federação Luterana Mundial foi fundada em 1947 – para participar de cerimônia em conjunto com luteranos para lançar as comemorações dos 500 anos da Reforma Protestante que ocorrerá em 2017.

Em 1517, o alemão Martinho Lutero não contente com a Igreja Católica por vender o perdão de pecados em troca de dinheiro, escreveu 95 teses e colocou-as na porta de uma igreja de Wittenberg, dando início à Reforma Protestante.

Houve então grande divisão da igreja em toda a Europa e dentro do Cristianismo, levando à Guerra dos 30 anos, à destruição de mosteiros ingleses e à queima de vários “hereges” de ambos os lados. 

O papa disse ainda que “a missão de cada cristão é evangelizar entre os pobres, e ressaltou que esta ação não significa fazer assistência social, muito menos atividade política”. Segundo ele, evangelizar os pobres “significa aproximar-se deles, servi-los, libertá-los de sua opressão e tudo em nome e com o espírito de Cristo”, afirmou o pontífice em sua catequese prévia à tradicional oração do Ângelus mariano.

“Não se trata de fazer assistência social, muito menos atividade política. Trata-se de oferecer a força do Evangelho de Deus, que transforma os corações, cura as feridas, transforma as relações humanas e sociais de acordo com a lógica do amor”, destacou.

De acordo com o papa, “anunciar o Evangelho, com a palavra e com a vida, é o principal fim da comunidade cristã e de cada membro”.

Internet e redes sociais

Papa Francisco, durante uma mensagem por ocasião do Dia Mundial das Comunicações da Igreja Católica Romana, falou também sobre o uso da tecnologia na evangelização e que a internet, as redes sociais e as mensagens de texto são “um dom de Deus” se usados com sabedoria. E que os e-mails, as redes sociais e os chats podem ser formas de comunicação plenamente humanas”.

“Não é a tecnologia que determina se a comunicação é autêntica ou não, mas o coração do homem e a sua capacidade de fazer bom uso dos meios ao seu dispor. As comunicações modernas são “um dom de Deus, e também uma grande responsabilidade”, disse o pontífice”, destacou.

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