De acordo com o IBGE, houve queda entre os católicos.

Por Silvana Coelho – 06/06/2025

Os dados preliminares do Censo Demográfico divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes ao período de 2010 e 2022 mostram que houve uma redução do percentual de católicos apostólicos romanos (56,7%) e aumento de evangélicos (26,9%) e sem religião (9,3%).

Segundo o IBGE, o censo mostrou a consolidação das mudanças do perfil religioso do Brasil. O catolicismo, que em 2010 concentrava 65,1% (105,4 milhões) da população de 10 anos ou mais, passou a representar 56,7% (100,2 milhões) em 2022, uma redução de 8,4 pontos percentuais (p.p.).

Por outro lado, houve um aumento de 5,2 p.p. na proporção de evangélicos, passando de 21,6% em 2010 (35 milhões) para 26,9% em 2022 (47,4 milhões).

Evangélicos são maioria no Norte e Centro-Oeste

De acordo com a pesquisa, o catolicismo liderou em todas as grandes regiões do país, com maior concentração no Nordeste (63,9%) e no Sul (62,4%). Os evangélicos, por sua vez, estavam em maior proporção no Norte (36,8%) e no Centro-Oeste (31,4%).

Já os que se declararam espíritas tiveram maior concentração no Sudeste (2,7%), e os umbandistas e candomblecistas estavam mais presentes no Sul (1,6%) e no Sudeste (1,4%). O Sudeste também reúne a maior quantidade de pessoas sem religião (10,5%).

Evangélicos têm perfil mais jovem, segundo o Censo 2022

Apesar dos católicos serem maioria em todos os grupos de idade, sua proporção variou entre 52,0%, no grupo de 10 a 14 anos de idade, a 72,0%, no grupo de 80 anos ou mais.

Entretanto, no grupo dos evangélicos a maior proporção (31,6%) se encontra entre os mais jovens, de 10 a 14 anos, e o grupo de 80 anos ou mais representou a menor proporção, com 19,0%.

O Censo 2022 destaca ainda que, entre as pessoas brancas, 60,2% se identificavam como católicas, 23,5% como evangélicas e 8,4%, como sem religião. Por outro lado, pessoas com cor ou raça indígena apresentaram a maior proporção de evangélicos (32,2%), enquanto pessoas amarelas apresentaram o menor (14,3%).

Os dados completos da pesquisa podem ser acessados no site do IBGE Censo 2022