Para o povo estoniano, religião lembra as invasões que o país sofreu no passado.

Por Silvana Coelho – 24/06/2024

Banhada pelo Mar Báltico e limitada pelo Golfo da Finlândia, a Estônia – país que se declara sem religião – deixou de ser uma república da antiga União Soviética em 1991 e tem como capital Tallin, uma cidade medieval muito charmosa e bem preservada. De Tallin saem navios para a Finlândia fazendo um trajeto de cerca de três horas, aliás, um passeio agradável.

Em Tallin, andar pelas ruas estreitas e observar os castelos, igrejas e edificações antigas é um passeio imperdível. Assim como conhecer a Torre de TV com mais de 300 metros de altura, de onde se tem uma vista panorâmica da cidade, e ainda visitar o museu com objetos que mostram a época da invasão soviética.

Além disso, saiba que o sol demora a se pôr na região e perto da meia-noite ainda está bastante claro. Ao andar pela cidade nos surpreendemos com artistas caracterizados encenando peças, como uma volta ao tempo, feiras de artesanatos e praças com restaurantes e cafés.

A religião na Estônia

A Estônia segue como um país que se diz sem religião. Afinal, o país sofreu invasões de diversos povos, como os dinamarqueses, alemães e especialmente os russos, cada qual com sua religião. Com essa mistura, a população da Estônia não tinha uma religião específica e isso se manteve mesmo após o fim da União Soviética.

Para os estonianos, religião é sinônimo de invasão, por isso a falta de interesse pelo assunto. Afinal, foram várias influências: a russa, com seu catolicismo ortodoxo; a alemã, com o luteranismo evangélico.

Entretanto, a maioria da população, que tem cerca de 1 milhão e 300 mil habitantes, se declara sem religião, segundo dados colhidos na internet. Os luteranos representam 9,9%, os ortodoxos 16,2%, outros cristãos 2,2%, sem nenhuma denominação são 54,1%, e de outras classificações são 17,6%.

O que ver em Tallin

A Catedral de Alexandre Nevsky é uma catedral ortodoxa localizada no centro histórico da capital Tallin e faz parte da lista do Patrimônio Cultural da Unesco. projetada seguindo o modelo arquitetônico russo a catedral foi construída entre 1894 e 1900, cuja cúpula é a maior dentre as catedrais ortodoxas.

A cidade oferece aos visitantes diversos festivais, praças com restaurantes e cafés, além da feira de artesanato e do Museu Soviético, com objetos da época da invasão russa. Não deixe de visitar essa cidade charmosa e cheia de história.